Data: 01-10-2014
Criterio: B2ab(i,ii,iii)
Avaliador: Rodrigo Amaro
Revisor: Luiz Santos
Analista(s) de Dados: Luiz Santos
Analista(s) SIG: Marcelo, Thiago
Especialista(s): Gustavo Martinelli
Justificativa
Erva de ocorrência restrita ao Cerrado, onde se desenvolve em Campos Rupestres, Matas Ciliares e encostas brejosas, onde foi coletada em fendas rochosas (Mello-Silva 2009; 2013; CNCFlora, 2013). A espécie é endêmica do estado de Minas Gerais, sendo encontrada no município de Grão Mogole Itacambira (CNCFlora 2013). Possui AOO de 28 km² e está sujeita a menos de cinco situações de ameaça, considerando as localidades de ocorrência. Suspeita-se que a espécie sofra com a perda da qualidade do hábitat, além do declínio contínuo da EOO e AOO, em consequência das ameaças incidentes como o crescimento urbano e a exploração de minério (Vasconcelos et al., 2008).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Vellozia luteola Mello-Silva & N.L.Menezes;
Família: Velloziaceae
Descrita em Acta Bot. Brasil. 1(2) Supl.: 202 (1988). Caracteriza-se por apresentar flores com perianto amarelo, a única do gênero com essa coloração e uma das poucas com 15 estames (Mello-Silva, 2009).
Endêmica do estado de Minas Gerais, municípios de Grão Mogol e Itacambira; restrita a porção norte da Cadeia do Espinhaço (Mello-Silva, 2009; 2013); encontrada a aproximadamente 700 m de altitude (R. Mello-Silva et al. 9701).
Encontrada em fendas rochosas, formando grandes subpopulações (R. Mello-Silva et al. 9701), em Campos Rupestres em encostas brejosas e Matas Ciliares (J.R. Pirani 2275), também em solo arenoso entre rochas (J.R. Pirani 2259).
Coletada em flor nos meses de janeiro (R. Mello-Silva 8989) e setembro (R. Mello-Silva 10051); e em fruto nos meses de janeiro (R. Mello-Silva 8989), fevereiro (R. Mello-Silva et al. 9701), junho (R. Mello-Silva 499) e novembro (CFCR 11518).
3.2 Mining & quarrying
Incidência
regional
Severidade
very high
Detalhes
A região do município de Itacambira sofre desde tempos pretéritos com a intensa atividade mineradora na região (IBGE, 2013).
3.2 Mining & quarrying
Incidência
regional
Severidade
high
Detalhes
A mineração configura uma importante ameaça na região central do Espinhaço (Vasconcelos et al., 2008).
1.1 Housing & urban areas
Incidência
regional
Severidade
high
Detalhes
A expansão urbana suprime de forma intensiva a região central do Espinhaço (Vasconcelos et al., 2008).
1.3 Tourism & recreation areas
Incidência
regional
Severidade
high
Detalhes
O turismo descontrolado é uma ameaça para a região de ocorrência da espécie (Vasconcelos et al., 2008).
2.3 Livestock farming & ranching
Incidência
regional
Severidade
high
Detalhes
A pecuária encontra-se em plena expansão na região central do Espinhaço (Vasconcelos et al., 2008).
7.1.1 Increase in fire frequency/intensity
Incidência
regional
Severidade
high
Detalhes
O aumento na freqüência dos incêndios devido a atividade pecuária e conseqüente introdução de gramíneas exóticas configuram uma ameaça de grande importância na região central do Espinhaço (Vasconcelos et al., 2008).
- MELLO-SILVA, R. 2013. Velloziaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB245).
- MELLO-SILVA, R. Velloziaceae. In: GIULIETTI, A. M.; RAPINI, A.; ANDRADE, M. J. G.; QUEIROZ, L. P. DE; SILVA, J. M. C. Plantas Raras do Brasil. Belo Horizonte: Conservaçao Internacional; Univesidade Estadual de Feira de Santana, 2009. pp. 392-398.
- VASCONCELOS, M.F.; LOPES, L.E.; MACHADO, C.G.; RODRIGUES, M. As aves dos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço: diversidade, endemismo e conservação. Megadiversidade, v.4, n.1-2, pp. 221-241, 2008.
- CNCFlora. 2013. Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <www.cncflora.jbrj.gov.,br>. Acesso em 21 agosto 2013.
CNCFlora. Vellozia luteola in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Vellozia luteola
>. Acesso em .
Última edição por Lucas Moulton em 05/12/2014 - 12:32:28